A abordagem tenta identificar os sete reis aí referidos, e é de fato uma interpretação da interpretação feita pelo anjo, esta, sem dúvida, com o aval divino, o que não se pode garantir quanto àquela.
A mulher é identificada, no verso 18, como a cidade que domina sobre a Terra. Por implicação, temos que admitir que Roma está sendo referida. Esse fato é confirmado na interpretação do anjo, quando ele afirma que as sete cabeças da besta “são sete montes, nos quais a mulher está assentada”. Que Roma é a cidade das sete colinas não é novidade para ninguém. Mas, e quanto aos sete reis, também representados pelas sete cabeças?
Segundo essa abordagem, os sete reis são os sete papas que governam a Igreja Católica a partir de 11 de fevereiro de 1929, quando o Cardeal Gasparri e Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão, estabelecendo o Estado do Vaticano e assegurando à Santa Sé independência absoluta e soberania de caráter civil e político. A abordagem se fundamenta em três premissas básicas:
1. A cura da ferida mortal requer a volta ao papa da soberania religiosa e secular, tal como ele detinha antes de receber a ferida. Assim a ferida começou a ser curada em 1929.
2. O contexto de tempo de Apocalipse 17 é este final de milênio, pois desde 1929 passaram cinco papas. A Igreja, no momento da visão do profeta, era conduzida por João Paulo II, o “sexto rei” da profecia. Assim, segundo essa compreensão da profecia, Bento XVI seria o sétimo rei.
3. O sucessor de João Paulo II deverá “reinar” por “pouco tempo”, não porque morrerá logo, mas porque convidará o “oitavo rei” a que ocupe o trono do Vaticano. O “oitavo rei” é o diabo, personificando Jesus. Obviamente, o papa não continuará conduzindo a Igreja se aquele que ele pensa tratar-se de Jesus, o fundador dela, está presente pessoalmente e visivelmente no mundo. Esse oitavo papa naturalmente contará com a admiração e sujeição do mundo todo, e o levará finalmente a combater a igreja remanescente na intenção de destruí-la na batalha do Armagedon.
O assunto é explorado pelo Dr. Robert N. Smith Jr., adventista leigo do Texas, em seu livro The Sixth King – “666” and The New World Order, obra publicada em 1993. Outros autores norte-americanos, todavia, se anteciparam ao Dr. Smith Jr., entre eles o Dr. Robert Hauser, da Califórnia, autor de Give Glory to Him – The Sanctuary in the Book of Revelation, publicado dez anos antes. Os referidos autores participam de ministérios independentes na América, alguns dos quais operam à revelia da organização adventista, e livros dessa natureza, em geral, não contam com o apoio oficial da Igreja, havendo razões para isso.
Apesar de alguns católicos não gostarem muito desses capítulos das Centúrias e do Apocalipse como uma clara referência à Igreja Romana e ao seu atual centro representativo, o Vaticano, é inegável que esse capítulo fala integralmente sobre o Vaticano e sobre o período final do papado, deixando essa profecia totalmente alinhada com a profecia de Malaquias e também com as referências sobre o fim de Roma fornecidas por Dom Bosco.
Uma dessas representações da Besta foi Roma e seus 3 impérios que participaram ativamente em guerras e diversas perseguições terríveis segundo os relatos históricos: o império do ocidente, do oriente e o papado romano.
Considerando esse raciocínio, a Besta citada no capítulo 17 é Roma, a mulher vestida de púrpura (a cor das vestes dos cardeais) citada em Ap 17:4 é a Igreja Católica, mas em virtude dos crimes que cometeu ao longo da história (Cruzadas, Inquisição) é referida como prostituta no Ap 17:5, inclusive pela aliança com diversos reis e impérios em busca de status e dinheiro, a mulher que se embriagou com o sangue dos santos, uma clara referência a perseguição que ocorreu desde o início da Igreja Romana em 325 criada por Constantino, sobre os cristãos primitivos, ao longo de mil anos, que culminou no massacre dos cátaros em 1340, referência citada em Ap 17:6.
Para não deixar dúvidas, a profecia cita que “a Besta traz a mulher” (Ap 17:7) ou seja, Roma traz a Igreja Católica, uma verdade, pois foi no império romano em 325 ano em que o Cristianismo Romano foi criado pelo imperador Constantino. E a profecia cita que são 7 cabeças e que elas são sete montes (Ap 17:7 e 9) onde a mulher está assentada, deixando claro que é Roma, a cidade das sete colinas onde a Igreja está assentada atualmente no Vaticano.
No versículo 10 está o ponto alto da profecia: é dito que são 7 reis, cinco caíram, um existe, o outro ainda não é vindo e quando vier convém não ficar muito tempo.
Ou seja, quando João teve essa visão descrita na Revelação, 5 reis (casados com a Mulher, portanto papas) já haviam morrido. O Vaticano, o reino, erguido nas 7 colinas, foi erguido em 1929 pelo tratado de Latrão, é um Estado-monárquico, portanto tem um rei como dito na profecia.
Nessa época Pio X, papa desde 1922 era o papa, portanto os 5 reis já mortos nessa visão foram: Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo I.
É dito na profecia que um rei existe, ou seja, Joao Paulo II era o papa que João de Patmos via na visão do Apocalipse e disse que após este papa, o próximo não ficaria muito tempo, no caso, Bento XVI que ficou 7 anos e alguns meses.
É feita então a profecia sobre o oitavo e último rei (papa):
“E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo (rei), e é dos 7, e vai à perdição” (Apocalipse 17:11)
A besta que era a principal representação da anti fraternidade no mundo diz respeito a Roma, mas ela não é mais a representação maior dessa anti fraternidade, ela foi, não é mais, por isso é dito que “a besta que era e já não é”.
É dito na profecia que ela, Roma (a besta que era e não é) é também o oitavo rei, ou seja, o oitavo papa e aquele que irá para a perdição, ou seja, para o fim da própria Roma e da Igreja, e sendo assim, esse oitavo papa como descrito nas profecias de Malaquias e Dom Bosco presenciará o fim de Roma.
É dito na profecia de Malaquias que o último papa será Pedro Romano, isso explica a referência na profecia do Apocalipse ao falar que Roma (a besta) é também o oitavo rei, pois é uma indicação de que a profecia de Malaquias é verdadeira, o último papa, o oitavo rei é Pedro Romano, Pedro de Roma, por isso João fala que Roma é oitavo rei, pois ele fazia uma referência velada a profecia dos papas. Mas ele vai mais além, ele disse que esse rei (papa) é um dos sete anteriores.....ele diz isso claramente, sem rodeios.
Surgiram então quatro teorias, algumas na minha opinião equivocadas, sobre quem seria esse papa dos 7 que estaria retornando pra ser o oitavo e último papa.
A primeira delas fala que João Paulo II vai ressuscitar dos mortos e será novamente papa da Igreja. Talvez até fizesse sucesso novamente, já que os zumbis estão na moda com filmes e séries conquistando a garotada, mas convenhamos que isso é biologicamente impossível.
A segunda teoria diz que o Papa João Paulo II teria tido um filho, que hoje estaria com idade por volta de sessenta e poucos anos, e que este filho teria sido preparado por anos para assumir como Papa, uma "volta" de João Paulo II, seu pai.
Uma terceira teoria, ainda mais mirabolante, mas não descartável, diz que quando o Papa João Paulo II morreu, foram retirados dele tecidos, sangue e células com os quais teriam feito um clone dele, que assumiria agora como o próprio "ressuscitado".
A quarta teoria, um pouco mais elaborada, fala que o atual secretário de estado do Vaticano e atual Camerlengo, Tarcísio Pietro Bertone, nascido em Romano Canavese há 79 anos, seria esse oitavo rei, pois ele será papa temporariamente após a renúncia de Bento XVI e antes do fim do conclave pra eleger o novo papa, ou seja, seria um dos papas. A teoria é bem elaborada, mas tem furos: primeiro que ele não foi nenhum dos 7 papas eleitos e citados por João na profecia, pois o profeta cita categoricamente o número de 7 reis, ou seja, papas efetivamente eleitos pelos cardeais e além disso temos uma outra questão: a centúria 5, quadra 56 de Nostradamus fala que o último papa será alguém novo e que viverá muito tempo tomando atitudes polêmicas, algo que não combina com um cardeal que já conta com praticamente 79 anos.
Mas então o que significa a profecia do Apocalipse capítulo 17 ao dizer que o oitavo rei (papa) será um dos 7 reis anteriores? A resposta pode ser simples: ele utilizará um dos nomes utilizados pelos seus 7 antecessores: Pio, João, Paulo, João Paulo ou Bento. Se considerarmos as características renovadoras da personalidade de Peter Turkson, eu diria que desses nomes o mais provável é que ele adote o de João XXIV, visto que o papa João XXIII foi responsável pelo Concílio que renovou diversas práticas na Igreja, mas se for para seguir mais detalhadamente a profecia, ele utilizara o nome de João Paulo II, o sexto papa.
Muitas coisas se ouvem quanto ao futuro:
- O mundo passaria de mil anos, mas não chegaria aos dois mil.
- Numa pirâmide antiga do Egito, estaria delineada a linha da história. Esta linha chega até os anos dois mil.
- Um escrito dos Incas, de mais de dez séculos, diz que o mundo acabará em 21 de Dezembro de 2012.
- Nostradamus fala do fim da série dos Papas.
- São Malaquias diz que, depois do Papa atual, haverá somente mais um.
O desequilíbrio da natureza preocupa a todos: excesso de frio ou calor, poluição, falta de água, inundações, terremotos... Um só dado entre muitos: Quantidade de terremotos superiores a 7 graus na escala Richter: dezessete até o ano zero; dezessete do ano zero ate 1900; dezoito de 1900 até 1970; vinte e seis de 1970 até hoje (processo, este, irreversível).
Cientistas dizem que de 2009 a 2014, o planeta passará por graves problemas de superaquecimento e falta de água.
Outros cientistas dizem que se deve transferir o Patrimônio Cultural da humanidade para outro planeta, pelo possível perigo de asteroides atingirem nosso Planeta e destruí-lo.
No jornal “O Estado de São Paulo” de 29/12/2007, o correspondente da Alemanha escreve: “O aumento do número de desastres naturais de pequena escala de influência marcou o ano de 2007... um dos motivos é a intensificação de eventos climáticos extremos, provocados pelo aquecimento global. Segundo cientistas ligados às Nações Unidas, o aquecimento global levará a um aumento em freqüência e intensidade desses eventos. Os dados confirmam nossa expectativa. A tendência prevista para estes eventos extremos mostra que a mudança climática já está em curso e que mais desses casos são esperados no futuro...”
No âmbito religioso, se sabe de aparições de Jesus, de Nossa Senhora, de Santos e de Anjos em várias partes do mundo; de estátuas ou quadros sagrados verterem lágrimas, sangue ou mel; de mensagens e avisos para a humanidade.
O termo fim dos tempos ou, como dizia o Papa João Paulo II, a “Plenitude dos Tempos”, não é o fim do mundo, mas o fim desta época, que findará com a Grande Tribulação. Em seguida haverá Novos Céus e Nova Terra, o Retorno de Jesus e uma nova época.
O Reitor Mor dos Salesianos diz quanto à Plenitude dos Tempos: “Chegou a hora quista por Deus para refazer a Sua criação”. (Bolettino Salesiano, Julho-Agosto de 2007, primeira página.)
Além das Mensagens, vemos na Bíblia e ao longo da história da Igreja, que já se fala deste momento. Numerosas passagens bíblicas falam do fim da nossa Era: no Antigo Testamento, os Livros de Daniel, Jeremias, Joel e Zacarias; no Novo Testamento os Evangelhos, as Epístolas de São Paulo aos Romanos e a Timóteo; a Epístola de São Pedro e sobretudo o Apocalipse. A Bíblia mostra que chegou a época do combate final da Igreja com Satanás.
Enquanto Lúcifer atua com o ateísmo, o racionalismo, a apostasia, a corrupção dos costumes, a inversão dos valores, a aparição de falsos cristos, que multiplicam as religiões; a ação divina suscita movimentos renovadores, carismas, aparições e mensagens, preanunciadas pelo Profeta Joel: “Eu infundirei o meu Espírito sobre todos os homens e os vossos anciãos terão sonhos e os vossos jovens terão visões, e farei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se transformará em trevas e a lua em sangue, antes que chegue o grande e tremendo dia do Senhor” (Joel 3,1-4)..
“Vai, Daniel, pois estas palavras estão fechadas e reservadas (são segredos) até o fim dos tempos” (aceno à purificação que virá). Os maus agirão com maldade. A contar do momento em que tiver sido abolido o Sacrifício Perpétuo e for instalada a abominação da desolação, haverá 1290 dias. Bem-aventurado aquele que perseverar, chegando a 1335 dias” (Daniel 12,9-12).
No Novo Testamento: “E haverá ainda sinais no sol, na lua e nas estrelas, e na terra a consternação dos povos pela confusão do bramido do mar e das ondas, mirrando-se os homens de susto na expectativa do que virá sobre todo o mundo; porque as virtudes do céu se abalarão. Então verão o Filho do Homem vir sobre a humanidade com grande poder e majestade” (Lc 21,25-27).
“Nos últimos dias sobrevirão momentos difíceis. Os homens serão egoístas, gananciosos, jactanciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais, ingratos, iníquos, sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus” (2 Tm 3,1-4).
“Mas, o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?” (Lc 18,8).