Pedra do Peito do Pombo |
Para chegar ao Arraial do Sana, no município de Macaé, basta pegar a RJ-142, a Serramar, que liga a RJ-116, de Muri, em Nova Friburgo, à BR-101, em Casimiro de Abreu. Fique atento à sinalização, que de Friburgo a Casimiro é precária, e o acesso pode passar despercebido. No sentido Casimiro Lumiar não há dúvidas. Para mais dicas, veja no Portal do Sana, no site www.portaldosana.com.br.
A trilha do Peito de Pombo começa no próprio Arraial do Sana, seguindo o caminho das cachoeiras. Ela é muito bem definida em seu início e conta com boa estrutura e vários pontos de coleta de água. Logo no início, após a ponte do bambuzal, existe um ponto de controle e registro de visitantes. Se levar um GPS calibre para 296 metros de altitude, essa é a altitude no início da trilha, são mais de mil metros de desnível e cerca de três a quatro horas de intensa caminhada, até o cume da montanha.
Vale do Peito do Pombo |
Inicie bem cedo, evitando as temporadas de verão e dias de sol forte, que podem resultar em pancadas de chuva e dificultar o trecho que atravessa o rio. A extensão total da trilha é de cerca de 7 km. Logo após a Pracinha do Sana, entre na primeira esquerda, em direção às cachoeiras, e siga reto por uma rua de chão, depois de uns cinco ou dez minutos estará na guarita de entrada da Trilha, depois da ponte do bambuzal, é só seguir em linha reta, beirando as margens do Córrego do Peito do Pombo, sempre subindo e pegando a trilha da direita, que é a que segue em frente e é a mais marcada.
Travessia do rio por cima das pedras |
Depois de caminhar por aproximadamente uma hora, por dentro da mata, você chega à primeira cancela. Após a cancela, tome cuidado com as vacas que ficam no curral e no pasto do Morro à frente, elas costumam dar corrida nas pessoas. Após o curral, vai atravessar mais três cancelas, e logo estará em frente ao rio, atravesse sobre as pedras, que em dias de chuva costumam ficar cobertas, impossibilitando a passagem. Este é um ótimo ponto de parada para um lanche e para recarregar as energias. Após o rio você se depara com a quinta cancela, depois dela vem o pasto em um barranco íngreme. Cuidado, no barranco existem várias marcas de trilhas, e a confusão é grande, recomenda-se usar o GPS. Tome como referência um bambuzal, o primeiro, bem no alto do pasto à sua esquerda, você terá de passar ao lado dele. Siga a trilha com o piso mais marcado pela passagem das pessoas. Atravesse a cancela e siga a trilha em linha reta, subindo o morro para a esquerda, sempre em ziguezague, até alcançar um ponto onde tem uma falha no barranco, deixando o barro nu, vire para a trilha do lado direito, e siga em direção ao bambuzal que viu lá de baixo, agora siga pela trilha da esquerda, em direção ao bambuzal, logo vai ver uma pequena passagem de pedestre na cerca, atravesse e siga a trilha em linha reta. Nesse ponto a referência é uma grande falha, deixando o barro à mostra no alto do morro, a quarenta e cinco graus à direita, e mais um bambuzal, a trilha passa por dentro dessa falha, e ao lado desse segundo bambuzal. Mais à frente vai encontrar uma segunda passagem de pedestre na cerca, atravesse-a e siga em frente, logo estará entrando em uma mata fechada, a parte mais exigente da trilha. Não existem problemas quanto à orientação, o caminho é muito bem definido a partir daí, mas, muito íngreme e escorregadio até chegar ao cume. Após entrar na mata haverá o ultimo ponto de água.
Eu e a pedra, 28/02/2016 |
Depois desse último ponto de água, você encontrará a primeira corda, a partir daí, após uns quarenta metros mais ou menos, fica a primeira bifurcação, que é à direita quase voltando, logo após passar por cima de um tronco caído. Aqui é fácil se confundir e seguir a trilha errada. Tem de ficar bem alerta, porque tem uma trilha que segue em frente, que é a errada e não dá em nada, a trilha certa é à direita quase voltando e subindo. Agora é só seguir o caminho, que já é marcado, e não tem como se perder, após uns trinta minutos de árdua subida, segurando em cordas ou nas raízes, estará chegando ao cume, contorne a pedra pela direita na segunda bifurcação, e suba pelas cordas já fixas na trilha. Após subir esses obstáculos, ande mais uns minutos e estará de frente para a grande rocha Peito do Pombo. Se quiser ir ao topo da pedra, terá de subir uns três metros por cordas e pinos fixados nela. O visual é incrível e recompensa o esforço. Aproveite para se reidratar, alimentar e recuperar as energias para mais três horas de retorno.
Características: Altitude: 1.300 m; Duração: 6 a 8 horas (ida e volta); Distância: 7.100 m
Ely Pereira