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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Os oito melhores lugares para acampar no Rio de Janeiro


Muita gente não conhece os tesouros escondidos no Estado do Rio de Janeiro. São parques e florestas, povoados e pequenas cidades, que ficam entre 100 km e pouco menos de 300 km da capital, e que reservam aos visitantes experiências únicas, seja no litoral, seja na serra. E para os amantes do camping, há sempre artesanato, rodas de violão, conversas e boas vibrações. 


1. Praia do Sono 

Foto: Fábio Pastorello 
O sugestivo nome faz alusão à paz e à tranquilidade. Cercada por montanhas de mata virgem, o sol demora a aparecer de manhã e se põe cedo à tarde, proporcionando muitas horas de sono. Porém, para chegar neste pequeno paraíso, é preciso certo esforço: uma trilha de cerca de uma hora de caminhada. A Praia do Sono é uma joia encravada na Mata Atlântica e está dentro da Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, cerca de 25 km de Paraty, e a 275 km do Rio. Rústica ao extremo, não há comércio nem estrutura turística regular, apenas moradores nativos, os caiçaras, que oferecem alimentação e seus quintais para armar a barraca. Não há só o mar para curtir. No meio da praia há uma trilha que leva às piscinas naturais de água doce, formadas por um córrego, onde também há uma cachoeira. No canto da praia, existe uma trilha de dificuldade extrema que leva a duas outras praias, Antigos e Antiguinhos, essas, sim, completamente selvagens. 


2. Trindade 

Localizada na mesma região da Praia do Sono, também na APA do Cairuçú, a vila de Trindade é a solução para as pessoas que necessitam de um mínimo de estrutura, que uma pequena cidade oferece, como, por exemplo, quem acampa com crianças. Trindade é um distrito de Paraty, distante 30 km do centro, e a 280 km do Rio, com fácil acesso, inclusive por transporte público. 
Trindade, assim como diversos outros povoamentos de moradores nativos no sul do estado, já passou, e ainda passa, por inúmeras disputas contra grandes empresas por posses de terra e por especulação imobiliária voltada para empreendimentos de luxo. Mas os moradores permanecem unidos em defesa da cultura caiçara e da preservação da natureza. 
Foto: Portal de Trindade 
A vila oferece diversas opções de praias: Brava, do Meio e dos Ranchos, entre outras. A Piscina Natural do Cachadaço é ponto obrigatório de mergulho para iniciantes. Para quem gosta de cachoeiras, a oferta também é variada. E há ainda a famosa “pedra de engole”: um “buraco” entre as pedras pelo qual passa o curso d’água, onde o aventureiro mergulha para emergir do outro lado. 




3. Ilha Grande 

Durante muitas décadas este paraíso permaneceu intocado. Até que, nos anos 1990, após a desativação e implosão do famigerado Presídio da Ilha Grande, suas diversas trilhas e praias foram desbravadas. A porta de entrada da Ilha Grande é a Vila do Abraão, onde está localizado o principal cais de atracação das Barcas que fazem a travessia a partir das cidades de Mangaratiba (110 km do Rio) e de Angra do Reis (160 km), além das diversas embarcações que servem ao turismo. É no Abrão que pode ser encontrada a maioria dos campings da ilha, assim como serviços básicos de comércio e infraestrutura. Também é possível encontrar campings nas praias de Palmas, Parnaioca e Aventureiro. Uma informação importante: visando a preservação do meio ambiente, é proibido acampar fora dos campings devidamente legalizados. 
Para quem tem disposição, o maior feito dos aventureiros de plantão é dar a volta na ilha por suas diversas trilhas, uma atividade que não leva menos de uma semana de intensas caminhadas. Nesse caso, nas vilas menores, e nos pequenos povoados, é possível acampar no quintal dos moradores. 

4. Maromba 

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Subindo a serra da Mantiqueira por Penedo, ainda no sul do estado, a vila de Maromba compõe com suas vilas “irmãs” Visconde de Mauá e Maringá, (no lado do Estado do Rio), e Alcantilado (no lado de Minas Gerais) uma microrregião repleta de Mata Atlântica, a 110 km do Rio de Janeiro. As vilas são cortadas pelo rio Maromba, que divide os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e três cidades: Itatiaia e Resende pelo lado fluminense, e Bocaina de Minas, pelo mineiro. Enquanto Maringá e Visconde de Mauá possuem uma infraestrutura turística mais sofisticada, com lojas, restaurantes e pousadas, Maromba é mais roots, e é onde está localizada a maioria dos campings da região. 
As cachoeiras são o principal atrativo de Maromba, e a mais famosa delas, a do Escorrega, é obrigatória. À noite, na praça da vila, há bares, forró e reggae, artesanato e malucos de estrada para bater um papo. 

5. Lumiar 

Lumiar é um distrito da cidade de Nova Friburgo, cidade famosa por suas confecções de roupa íntima, e distante pouco mais de 157 km do Rio, via Cachoeiro de Macacú, e 175 km por Casimiro de Abreu. Ela tem um aspecto mais urbano, com comércio e serviços de cidade pequena, e pode ser considerada como o centro de uma região, que conta ainda com as vilas de São Pedro da Serra e Boa Esperança. O acesso é fácil por estrada pavimentada e transporte público. As principais atrações são as cachoeiras de Indiana Jones e São José e os poços: Feio, Verde e Toca da Onça. Descendo pela estrada Serra-Mar, chega-se ao Encontro dos Rios, ponto de prática de rafting. À noite, os bares mais movimentados são os de São Pedro, 6 km estrada acima. Uma ótima pedida é o Harley Bar, ponto de encontro de motociclistas estradeiros. 
Uma boa pedida para acampar é o camping do seu Artur. Ele é um morador local que abre as portas de seu quintal para os viajantes, e está sempre disposto a um dedo de prosa. Trata-se também de uma figura singular, com extensa barba e cabelos brancos que não são cortados há muitos anos, e chegam quase a tocar o chão. 

6. Sana 

Reza a lenda que, lá pela década de 1970, quando os hippies descobriram o lugar, Raul Seixas teria se inspirado no nome Sana para batizar a sua “Sociedade Alternativa Nova Aeon (S.A.N.A.). Outra versão diz exatamente o contrário: que a vila foi batizada pelo próprio Raulzito, que teria criado a sociedade alternativa ali. O fato é que a ocupação da região remonta ao século XIX, quando foi colonizada por suíços, e o nome Sana é considerado uma corruptela de Sarine, nome do rio que corta a cidade de Fribourg, na Suíça. 
O Sana é uma área de proteção ambiental e, por isso, há certas regras para visitar suas inúmeras cachoeiras, sendo as principais: a do escorrega, a do pai e a da mãe, e só é permitido acampar nos campings legalizados. Fica a 155 km da capital. Opções não faltam, tanto perto da praça principal quanto em ruas e estradas mais afastadas. Com a orientação de um guia, é possível visitar o pico Peito do Pombo, principal ponto turístico da região, com uma média de 5 horas entre subida e descida. A cultura do Sana também se destaca. Na praça, aos fins de semana, funciona uma feira de arte e artesanato com o melhor da produção local e os “bichos grilos” locais e os que sempre visitam a vila. E na área da música, vem de lá uma das bandas mais cultuadas no meio “roots”: Raiz do Sana. 

7. Aldeia Velha 

Também conhecido como Quartéis, este pequeno povoado está localizado em Silva Jardim, a 130 km do Rio, aos pés da Serra do Mar, e é cercado por fazendas de gado e áreas de preservação ambiental da Mata Atlântica, sendo considerado o principal território de proteção dos ameaçados micos-leões-dourados, fazendo parte de uma região serrana que engloba também as localidades de Pirinéus e Gaviões, locais ainda rústicos, mas com belos rios e corredeiras. Aldeia Velha possui infraestrutura bem rudimentar, com uma única rua e pequeno comércio. Mas justamente por essa rusticidade que a vila é procurada pelos amantes do camping. Pelas redondezas, é possível tomar banho de rio e, distante 4 km do centro fica a cachoeira das Andorinhas, bastante procurada para a prática de rapel e frequentada pelos corajosos que adoram pular das pedras em seu poço. A mesma estrada que leva à cachoeira é muito procurada por praticantes de trekking (três horas de caminhada até o topo da serra), motocross e jipeiros. Subindo por ela, é possível chegar à Toca da Onça e ao Encontro dos Rios, na região de Lumiar. 
Todo ano, na Semana Santa, acontece o Aldeia Rock Festival, com muito rock clássico e novas bandas autorais. 
Para acampar tem o camping Aldeia do Bambú, na rua principal, e a Fazenda Bom Retiro, uma ótima opção de camping para quem está em busca do silêncio total, paz, contato com a natureza, acordar com o canto dos pássaros. Fica mais ou menos uns 2 km do centro de Aldeia Velha. 




8. Saquarema 

                            Foto: ASP South America 

De toda a nossa lista, Saquarema é, de longe, a maior e mais famosa cidade. Desbravada nos anos 1970, a cidade é mundialmente conhecida pela qualidade de suas ondas, tornando-a um paraíso para surfistas. Porém, apesar de ser uma cidade relativamente movimentada, ainda hoje não perdeu ares de cidade pequena, sendo frequentada por todas as tribos. Distante somente 100 km do centro do Rio de Janeiro. 
O point do surfe é a praia de Itaúna, onde, de vez em quando, ocorrem competições de nível internacional. Mesmo nos dias de mar baixo, vale à pena ficar por ali até o sol se pôr. À noite a igreja da cidade, em cima de uma pedra à beira-mar, fica completamente iluminada, tornando-se um verdadeiro cartão-postal. 

Um ilustre morador de Saquarema é o roqueiro Serguei, aquele mesmo que “pegou” a Janis Joplin, como ele gosta de anunciar, aludindo aos libertários anos 70. Estando na cidade, não deixe de visitá-lo e ouvir suas histórias. 
Na cidade existem vários campings, como o Camping do Jô, em Jardim; Camping Vôo Livre, em Sampaio Correa; Camping Itaúna’s, na praia de mesmo nome e o Camping Vale do Sol, na Av. Oceânica. 

Foto: sergueinews 
Dados extraídos do site: http://www.jardimdomundo.com/

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